O resultado da prova de redação da edição de 2014 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não mitigou as aberrações cometidas na prova de 2013 pelo contrário, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), houve queda de 9,7% no desempenho dos concluintes do ensino médio. Na edição de 2014 mais de meio milhão de candidatos zeraram a redação. Isso se dá, entre outros fatores, ao baixo nível de leitura e à falta de conhecimento empírico dos candidatos.

Muitos candidatos não conseguiram escrever mais do que sete linhas, outros tantos não conseguiram concatenar as ideias e um grande número fugiu completamente ao tema proposto.

Os efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil foi o tema proposto em 2013 e apesar de ter sido amplamente debatido pela mídia, não foram poucos os que zeraram a redação pelos mesmos motivos acima citados. Há, nos candidatos, uma enorme dificuldade de lidar com coisas simples como, por exemplo, a delimitação do tema que poderá norteá-los em sua dissertação.

Para a edição de 2014 o tema foi “publicidade infantil em questão no Brasil”, algo bastante indigesto para quem não conseguiu expressar seu ponto de vista sobre a Lei Seca, proposição sistematicamente esmiuçada pelos veículos de comunicação.

É claro que o Brasil necessita de uma ampla reforma em seu sistema educacional com foco na educação básica e no melhor desenvolvimento do aprendizado da Língua Portuguesa e Matemática principalmente, todavia a família tem um papel preponderante na formação dos indivíduos orientando-os e auxiliando-os em seu desenvolvimento intelectual.

Falta aos jovens candidatos a uma vaga no Enem o domínio da linguagem, fato imperativo às discussões sociais apresentadas em forma de tema; suas digressões durante a dissertação nada mais são do que a total ausência do domínio da linguagem. As redes sociais deixam bastante claro como os jovens têm dificuldade de escrever, basta um único parágrafo para termos a exata noção de que dissertar é um árduo exercício para os jovens.